sexta-feira, 24 de julho de 2009

Burocraticamente Chato.


burocracia
bu.ro.cra.ci.a
sf (fr bureaucratie) 1 A classe dos funcionários públicos, principalmente dos das secretarias de Estado. 2 Influência e predominância dos funcionários públicos, especialmente dos das secretarias de Estado, no governo do país. 3 Administração dos negócios públicos por hierarquia de funcionários. 4 Qualquer sistema de administração, em que os assuntos são tratados por escrito e dependem da assinatura de vários funcionários. 5 pej Administração com excesso de formalidades.


E qual é a primeira palavra que te vem na cabeça quando você pensa em "burocracia"?
Não sei na de vocês, mas a minha pensa imediatamente em "chatice"! Pensando um pouco mais chega a palavra "demora" pra ficar de mãos dadas com a "chatice".

Mas é assim... tem dias que você acorda e simplesmente precisa pegar uma fila gigante. É lei do tédio, você vai morrer de tédio pq ninguém que trabalha com excesso de formalidades pode trabalhar feliz e de forma eficiente. É tédio gerando tédio!

Nesse exato momento até eu estou pensando que vou escrever mais um texto revoltado por ser mais uma das muitas pessoas que passam 2 horas na fila e não conseguem resolver seus problemas. Mas nem vou... nem vou reclamar (mais) e nem vou descrever os meus momentos de agonia, ou a minha indignação e revolta ao olhar pra cara apática daquela funcionária dizendo que eu perdi 2 horas do meu dia em uma fila pra não conseguir resolver absolutamente nada.

O que me interessa é a fila em si, e talvez a parte que interessa seja bem mais breve que qualquer outra, mas sim... o negócio é a fila, da hora que você chega, tira sua senha e senta pra esperar.

Em uma sala quadrada cheia de gente é fácil observar muitas coisas. Você encontra os grupinhos de amigos que nem estão sentindo o tempo passar, os casais de namorados que conseguem extrair romantismo das horas mais maçantes, as mães que tem que acompanhar os filhos ou os filhos que tem que acompanhar os pais, e os solitários que ficam exibindo suas respectivas caras de tédio, seja gastando crédito do celular ou tirando um cochilo com a cabeça apoiada na parede. Mas de todas essas pessoas, sem dúvidas, as melhores de se observar são os velhinhos!
Sim... pq os velhinhos vão ser os únicos a conversarem com você! Eles não tem vergonha de pedir informação e nem de elogiar sua blusa pra puxar assunto. Os velhinhos são aquelas pessoas simpáticas que consegue extrair o tédio de uma fila, alguém com quem você pode se distrair e nessas horas vale até procurar por eles e ceder gentilmente o seu lugar na cadeira (na fila nunca!) e ficar por perto batendo aqueles "dois dedinhos de prosa"

A questão é... será que isso é uma coisa inerente da velhice ou algo que era comum nas gerações passadas?!
Sim... pq se for algo inerente das gerações passadas é muito triste! Isso significa que daqui a muitos e muitos e muitos (muitos mesmo!) anos, quando eu ficar velha e tiver que enfrentar uma fila vou ter que morrer de tédio, pq todos os velhinhos que vão estar nela serão antipáticos e completamente fechados para os "dedinhos de prosa" das filas! E se os jovens de amanhã evoluírem como um prolongamento dos jovens de hoje eles vão bater nos velhinhos que tentarem conversar!

Melhor me filiar a teoria de que é algo inerente a idade. Você vai ficando mais velho, sabe que é chato esperar em filas e o melhor jeito de passar o tempo é conversando com alguém de outra geração, so pra ver "qualé" a dessa moçada jovem.

Pessoalmente eu acho que a nossa geração decepciona bastante as gerações anteriores. Sim, isso pq nessa mesma fila demoníaca que eu tive que pegar aconteceu de eu realmente ter que ceder o meu lugar a uma senhora. Além de ter sido a única a oferecer o lugar eu ainda receber mil elogios sobre a minha educação. Eu não sei na cabeça de vocês, mas ceder lugar a uma senhora de idade é a coisa mais normal do mundo, só que eu acho que estão esquecendo disso, ou pior! estão ignorando!

Sério minha gente, duas coisas: sejam educados com os mais velhos, e em uma fila, por mais que seja difícil, tente ser simpático e procure outro pobre coitado pra conversar com você.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

E o fim é so o começo.

No direito a gente aprende que "processo" é uma série de atos que visa conseguir um resultado. Ou algo assim.
Minha intenção nunca foi fazer esse blog de diariozinho de menininha. Mas intenções, muitas vezes, não valem nada.
Hoje eu colo grau, e quando eu penso nisso a palavra que pipoca na minha cabeça, sem dúvidas, é "processo"... colar grau é só mais um dos muitos atos que vai me render algum resultado que eu ainda não sei qual é.
É engraçado, a gente passa a vida tentando se superar, sim pq nessa vida de merda quanto mais o tempo passa maiores são os desafios... pelo menos essa é a lógica.
A oitava série é muito mais difícil que a sétima e o terceiro ano é bem pior que o primeiro e o segundo juntos!
O vestibular nem se fala, né? Quem angustia absurda! Principalmente pra quem estuda e tem algum senso de responsabilidade (não foi o meu caso!).
Daí você descobre o mundo mágico da faculdade. Lógico que esse conceito de mágica varia de acordo com o ponto de vista. Para alguns a mágica está em estudar alguma coisa que vai realmente ser útil para a vida, num mundo de possibilidade que se abre, no emprego ou estágio que vai conseguir e pra grande maioria a mágica acontece em botecos sujos, com cerveja barata e a possibilidade de ter até 25% de falta sem que a coordenadora ligue para sua mãe!
Só que um dia a faculdade acaba e você precisa enfrentar a triste realidade: vou ter que trabalhar pra conseguir bancar a vida de alcoólatra que eu passei 4 anos cultivando!
E essa vai ser a minha triste realidade de segunda-feira... sim... pq hoje é sexta, eu colo grau... e o final de semana vai ser de festa pra colocar em prática e comemorar tudo que eu aprendi em quatro anos de botecos sujos e aulas chatas!