quarta-feira, 29 de abril de 2009

Dear Pig!


Minha intenção era deixar passar batido esse negócio de Gripe Suína, pelo menos aqui no blogger. Todo mundo já está falando disso mesmo, comentar seria só o “mais do mesmo” que, ironicamente, é o nome disso aqui.

De ontem pra hoje eu mudei de idéia.

Pra começar ontem eu cheguei no estágio e o meu professor hipocondríaco não falava de outra coisa! Os comentários eram “vou começar a usar máscara!”, “já já chega aqui!”, “lembra quando a gente tinha que usar máscara na escola por causa da meningite?” ou coisas piores como: “Olha! Tem caso em Israel, mas lá pode ter!”. Obviamente eu fiquei só olhando e rindo da confusão. Usar máscara pra mim só se for pra disfarçar o cheiro de cachaça em blitz! Enfim...

Acho que todo mundo que lê isso já deve ter tido a infelicidade de ter que levar um ente querido ao hospital. Ontem eu tive que levar meu avô e ao chegar na porta da emergência vejo equipe de reportagem e um fuxico enorme! Na hora eu ignorei, queria era um médico pro meu velhinho. Horas depois minha mãe solta o comentário: “acho que alguém importante estava internado”. Eu continuo ignorando, sou boa nisso.

Hoje de manhã eu acordo, com a minha habitual dos nas costas, faço um café e pego o jornal. Adivinhem qual é a manchete da primeira página?!

“MULHER COM SUSPEITA DE GRIPE SUÍNA INTERNADA EM FORTALEZA”


Chega de ignorar! Minhas pernas ficaram bambas! Vou me aprofundar na notícia e sabe o que eu descubro?! Que a mulher estava no mesmo hospital do meu avô! Sério minha gente, se eu tivesse bens teria feito meu testamento. Por sorte foi só um desespero momentâneo e a mulher já até voltou pra casa:

“A paciente internada no Hospital São Carlos com suspeita de ter contraído a gripe suína, já recebeu liberação da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) para retornar para casa. As informações foram dadas na tarde desta quarta-feira, 29, por Roberto da Justa, presidente da Sociedade Cearense de Infectologia (SCI), que também é médico do hospital.” (mais...)

No mais eu ouvi falar que a doença não é transmitida pela carne do porco e depois do sufoco a minha vontade é de comer uma costelinha e tomar uma cervejinha!
Vamos, feriado! Chegue logo!

terça-feira, 28 de abril de 2009

E essa conversa fiada?!


Recebi um selo.
Confesso que nem sabia o que era isso até passar no blogger da pessoa que me ofereceu.
Sobre o selo eu li que ele deve ser "enviado para blogs quentes, ou seja, blogs bem cuidados, atualizados".
Só me resta agradecer! E indicar o blogger do Anderson, que é realmente muito bacana! Encontrei por acaso e virei assídua.

No mais eu deixo um questionamento. Não sei se acontece só comigo, se é uma coisa da minha cabeça. Mas sabe esses dias que você abre a boca e vomita aquela frase entediada: "não tenho nada pra fazer! arg!"
Estatisticamente, eu devo confessar, 90% das vezes que eu tenho a audácia de proferir essa frase estou cheia de coisas pra fazer! Simplesmente me falta vontade, ou coragem, que é mil vezes pior. Gente que não tem nada pra fazer deve se sentir aliviada porque já fez tudo.


Nessas horas eu escuto Chico, penso no Chico, queria até ser o Chico! “Imagine você acordar e saber que é o maior letrista do Brasil”, meu irmão falou esses dias. Eu imagino, afinal, não tenho nada pra fazer!


Ai vem o trânsito, comida, Oscar Wilde, banho, dor de cotovelo, meu gato Chopin, música, aquele amigo antigo, o paquera novo, comida, televisão, seriado, telefone, cervejinha, Sartre, vida, tédio... são mil pensamentos desordenados que preenchem minha cabeça. O que não chega nunca é a coragem de escrever a monografia... e ai eu fico assim... sem nada pra fazer.





sábado, 25 de abril de 2009

Morte Anunciada

Minha psiquiatra, que por sinal é uma senhora fantástica, me mandou fazer um exercício: enumerar as melhores e as piores coisas que já aconteceram na minha vida.

Lógico que eu podia passar horas escrevendo uma série infinita de acontecimentos bons e ruins, mas esse não deve ser o objetivo da pergunta. A questão é saber se o bom supera o ruim, se a vida vale a pena.

Infelizmente a resposta não é tão simples quanto a vida, que afinal é de uma simplicidade assustadora quando se pensa sobre ela. O complicado é conviver com aquilo que a gente sente, é fazer o que é realmente certo, o que vai resultar em crescimento, que vai nos levar a algum lugar... complicado e trabalhoso.

A vida é uma balança desregulada. A gente se acostuma a ganhar e tem uma dificuldade danada pra aprender a perder, abrir mão e deixar as coisas pra lá. Convenhamos, nada na vida é perpétuo e as coisas boas então nem se fala. A gente nasce, passa a vida se apoiando na família e um dia qualquer sua mãe está doente e o seu pai é morto num acidente de carro. São anos aprendendo a confiar nos amigos que muito provavelmente vão nos decepcionar, você vai se decepcionar. São horas gastas em relacionamentos e lágrimas perdidas em sofrimento pra que depois de um tempo você perceba que na verdade nada adiantou, você continua fazendo errado e continua aceitando o errado. Aprender é difícil.

No fundo os sentimentos ruins, as coisas ruins, aquelas que te dão rasteiras tem um peso muito maior na balança que as coisas boas, as simples, as corriqueiras.
Hoje eu terminei de ler um daqueles livros que deixa saudades de tão bom, sabe? Daqueles que dão pena de ler a ultima página simplesmente porque você não quer que o livro termine e durante alguns poucos dias vai fazer falta ter aquelas paginas como companhia. Em alguns anos, em alguma mesa de bar, vou me lembrar desse livro, fazer um comentário positivo, talvez até interrompa uma leitura nova pra reler o antigo, mas acaba ai, o assunto na mesa vai continuar e a noite vai terminar depois de horas de papo furado. Hoje eu recebi uma carta dessas que causam ânsia de vomito. Em alguns anos existe uma grande probabilidade da ânsia voltar e eu estragar a minha noite de papo furado no bar com os amigos quando eu lembrar das exatas palavras dessa carta.

São anos de dedicação que você gasta para construir uma família, criar os filhos, deixar o companheiro satisfeito e todos esses anos evaporam por uma traição corriqueira, ou por várias traições constantes. E o que as pessoas fazem? Se afundam no rancor, ficam amargas, lamentam por todo o tempo gasto em uma instituição falida.

Quem nunca desperdiçou tempo em causas perdidas? A esperança, que de inicio, é um sentimento muito bonito vira desperdício. Os valores acabam se invertendo e o que pesa mais na balança é o que menos serve pra gente.

Mas e ai? A teoria da vida é muito fácil. Chore suas mágoas até faltar ar, respire fundo e jogue tudo fora com o devido respeito. Esqueça seus fantasmas. Lembre de todas as coisas boas do seu ex-marido, procure um novo, se ame e não feche os olhos pra traições, dê valor ao que merece valor e talvez assim as cartas que causam ânsia de vomito parem de chegar. Muito bonita a teoria.

Na pratica nos temos todos esses sentimentos que, muitas vezes, impedem a gente de fazer o certo. Talvez o pior deles seja o sentimento de solidão. Não sei por que pessoas têm uma dificuldade enorme de aceitar a solidão e fazem muitas bobagens por medo dela. No fim as únicas pessoas que não acabaram sozinhas foram os velhinhos de “Diário de uma paixão” porque graças a visão romântica de quem inventou a história os dois morreram juntos. Na realidade nem eu acredito nisso, sempre se morre sozinho, desperdício de linha falar desse filme. O certo é que a gente precisa achar dentro da gente o necessário pra viver porque no final das contas a vida é um saco, existem infinitas coisas que vão te derrubar e uma vez no chão, todo machucado e sem ninguém por perto pra te dar apoio suficiente, levantar fica difícil, os machucados doem.

A ex-mulher do meu pai tinha o hábito de levar meus irmãos e eu ao teatro. Eu era pequena mas lembro até hoje de um dos atores que sempre trabalhava nas peças. Anos depois eu descobri que esse ator estudava na mesma escola que eu e começou a trabalhar como professor de teatro justo na hora que eu resolvi fazer aulas de teatro. Coincidências. Esse ator fazia pedagogia e um dia, estudando pra uma prova, ele leu uma passagem pra mim que falava sobre o homem. “O homem é o conjunto das suas ações”, eu devia ter uns 15 anos e nunca esqueci dessa frase, foi nesse dia que eu percebi que não importa o que a gente sente, você é aquilo que você faz e foi nesse dia que eu percebi que sentir é simplesmente algo que atrapalha. Sim, eu viveria muito melhor com minha consciência e uma baita indiferença generalizada. Você pensa “que triste!” e eu penso “não sei como é isso.”

Acontece que o homem é aquilo que ele faz, e eu, por sorte, tenho controle das minhas ações, eu decido o que é melhor pra mim e eu decido simplesmente atropelar meus sentimentos que passam a ser passageiros na marra. É assim que se deve viver, aproveitando, pensando, tentando fazer o melhor, sem depender de ninguém e evitando os extremos.

A pergunta da minha psiquiatra tem uma resposta bem direta, pelo menos pra mim.
Viver não vale a pena, nunca valeu até agora, e se eu soubesse que acaba hoje e pudesse escolher decidiria não nascer, simples assim, sem pensar duas vezes. Mas e ai? Ai que a vida ainda não acabou, alguns livros melhoram do meio pro fim e eu continuo levando a história pra frente. Eu, minha consciência e minha armadura quebra-galho de indiferença.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Cervejeiro olhar matreiro e barriguinha pró!


Nem tudo aqui é raclamação!

Esse final de semana, entre um copo e outro de cerveja, eu fui formalmente apresentada ao Velhas Virgens!
E para os que não conhecem eu digo logo: é MUITO bom!
Baixei toda a discografia e não consigo parar de ouvir.
Existe coisa mais verdadeira que essas músicas de macho?!
E nada é mais tesão que um bêbado, rouco e louco cantando tudo que ele é capaz de fazer (desculpem os termos) só pra te comer!


Vai o link de uma das favoritas:
Muito Bem Comida

E vai a letra pro que tem preguiça de abrir o youtube.

Muito bem comida
Velhas Virgens

Agora você vem pedindo mais
E eu sabia que ia ser assim
Uma noitada daquelas não se esquece jamais
E eu te dei o melhor de mim
Você é dessas meninas deslumbrantes
Que só namora com homens perfeitos
Corpo de atleta, cara de modelo
E na hora da febre nada feito

Aí caiu nas mãos desse cervejeiro
Olhar matreiro e barriguinha pró
E eu te fiz gozar e ver a vida
Te fiz gemer até não ter mais dó
Põe tudo! Põe tudo!
Você gemia e pedia bis
Põe tudo! Põe tudo!
Na horizontal é que te fiz feliz

Aqui em casa você se encontrou
Já não quer mais cantar ou ser atriz
De avental fazendo o jantar
Já não quer mais desfilar nem ser miss
Eu de chinelo, a barba por fazer
Tomando "uma" e vendo futebol
Você tarada e sempre atrevida
Sabendo que tá muito bem comida.

Aí caiu nas mãos desse cervejeiro
Olhar matreiro e barriguinha pró
E eu te fiz gozar e ver a vida
Te fiz gemer até não ter mais dó
Põe tudo! Põe tudo!
Você gemia e pedia bis
Põe tudo! Põe tudo!


Então é isso... final de semana chegando, vamos todos pro bar... cultivar a barriguinha!

domingo, 19 de abril de 2009

Direito do Consumidor

Eu tinha um ritual com uns amigos: todo santo domingo a gente ia no drive thru do Mc Donalds, e ficava comendo e fofocando no estacionamento. O Mc Donalds tinha um ritual: todo santo domingo quando eu e meus amigos iamos lá o nosso pedido vinha com algum defeito, as vezes faltava carne, sanduiche vinha sem verdura, esqueciam a batatinha... enfim... SEMPRE vinha com defeito!

A minha relação com homens é exatamente a mesma relação que eu tinha com o Mc Donalds. Eles SEMPRE chegam com defeito!

Começou na alfabetização, tudo que eu queria era um "namoradinho" bonitinho que copiasse o que a professora escrevia na lousa pra mim. Achei! Ele era lindo, loirinho, olhinho claro, todo fofo e sempre copiava as coisas pra mim. Até que um dia ele resolve me colocar contra a parede:
- Olha... so vou copiar se tu quiser namorar comigo!
Lógico que eu aceito! Era tudo que eu queria! Mas na mesma hora o defeito apareceu. O botão de "forward" do menino tava emperrado e imediatamente ele pulou em cima de mim e tentou me beijar! Logicamente eu fiquei assustadissima! Com cinco ou seis anos de idade a última coisa que eu queria era beijar um menino! Eca! Foi o fim.

Na minha época, com 15 anos as meninas começavam a ficar, de fato, com os garotos. Comigo demorou um pouco, eu estava com quase 17 e tudo que eu queria era um fica ocasional, só pra ver como era, pra ser fútil, me enturmar nesses assuntos. Um dia eu sai de casa e encontrei um garoto interessado em tirar meu "BV". Fiquei com ele. Menino aparentemente esperto, mais velho, entrando na faculdade, boa família, bebia, tinha barba e pediu pra me dar um beijo! Perfeito, não? Não! Trinta minutos depois do beijo eu descobri que a função "apego" do cidadão estava completamente descontrolada! Ele me pediu em namoro depois de uns 40 minutos de ficação tediosa. No dia seguinte, quando eu chego em casa e recebo os 6 recados que ele deixou ficou bem claro que ele já estava destituído do bom senso também. Foi o fim.

Uns dois anos depois eu começo a querer alguém que sirva pra namorar, sabe? um carinha companheiro que goste das mesmas coisas que eu e mimimi. Encontro um no carnaval! Lindo, barbudinho, físico, professor, inteligênte, engraçado, sorriso cativante! Ai ai. Com dois meses eu vi que os parafusos dos conceitos dele vieram trocados! Ele achava que legal era ter uma mulher mandona e controladora e infelizmente eu sou uma dessas boazinhas inveteradas que compreende e suporta mas detesta empurrar! Foi o fim.

Nessa altura do campeonato você começa a abusar do drama e pensar que nunca vai achar ninguém direito. Lógicamente eu não esperava achar um homem perfeito, eu sei que existem defeitos e sei que todos temos defeitos, mas é como a gente aprende no direito: existem defeito e DEFEITOS! Se você compra um boi reprodutor e ele vem sem orelha tudo bem, da pra continuar com ele, agora se o boi vem sem as partes indispensáveis para reprodução o jeito é pedir devolução!

A vida continua. A fila anda, e nela eu encontro mais um candidato. Menino bacana, recheado com todas as qualidades que eu procuro em todo homem e ai pimba! Aparece o defeito! Esse tinha problema no relógio, como o dele era parado ele achava que o meu também era e eu ia ficar ali parada no tempo esperando por ele. Não foi o caso. Na mesma fila eu encontrei outro, do mesmo lote inclusive. Depois do fim foi ótimo, ficou tudo entre amigos e hoje nos somos melhores amigos. O que eu encontrei depois também tinha defeito, o sistema dele era movido a fumaça. Não deu certo, foi o fim.

Ai veio o ex... ai ai o ex!
Um belo dia eu bato na porta de desconhecidos precisando de ajuda: alguém com geladeira e fogão pra gelar minhas cervejas e esquentar minha pizza. É ai que o ex abre a porta. Pança pra fora, chapéu na cabeça, cigarro na mão, barba mal feita e um sorrisinho convidativo, em menos de 20 minutos de conversa eu já sabia que ele tinha o nome no SPC e um nariz quebrado por ter batido, propositalmente, um carro no poste. Tem como não apaixonar? Lógico que tem! Voltei pra casa rindo com aquele pensamento de "acabei de ganhar uma noite divertida e uma ótima história pra contar" e esqueci completamenta da existência daquele cidadão por pelo menos uns 3 meses.
Problema é que três meses depois a gente começou a conversar e ai o negocio desandou. Os defeitos até foram aparecendo, mas como esse tipo de mercadoria é exclusiva e eu gostava muito desse ficava dificil dar um fim. Eu ignorava os problemas que ele tinha com compromisso e não ligava de ter o botão de "auto-destruição" desprotegido podendo ser ativado a qualquer momento. Até que o DEFEITO apareceu. A memória dele não foi formatada, a ex não foi esquecida e depois de seis meses ele resolve fazer o caminho até a casa dela no lugar de vir pra minha. Ai foi, realmente, o fim.

Um pouco antes de voltar a vida de solteira eu estava num bar conversando com uma amiga sobre homens e ela começou a falar que os mineiros eram otimos. Rapazes descentes que não gostavam de ficar enrolando mulher, sabe? bem do estilo "sou pra casar!". Dai eu solto o maldito comentário "Ai amiga, queria um mineiro!". Foi só ficar solteira que aparece o mineiro e bastou conhecer pra ver os defeitos. O mineiro tinha problema na "carcaça" que iludia qualquer pessoa, você olhava pra ele e chutava uma idade e ele tinha 20 anos a mais. Ai você pensa "e isso é defeito?" e eu respondo: "Lógico que é! quando você pensa que pode vir a ficar com um menino achando que ele tem uns 20 anos e descobre que na verdade ele é um coroa de 40 isso passa a ser um grande defeito!". Isso sem mencionar os problemas com a língua frouxa que impediam ele de passar cinco minutos calado e o radar que por ser de última geração possibilita ele de te seguir pra qualquer lugar!

Enfim... meus homens sempre chegam com defeitos... e hoje, completamente destituida da esperança de achar um que funcione bem eu devo dizer duas coisas:
1. As vezes, não sempre, mas as vezes, é melhor reclamar do que chorar.
2. Vibradores com defeitos são facilmente trocados ou simplesmente substituídos.

sábado, 18 de abril de 2009

A fé do Seu Luiz

Uma coisa sobre mim: eu sou possivel concludente de direito. É importante saber que eu sou concludente pq nos últimos semestres a gente é obrigado a estagiar no núcleo da defensoria pública. E levando em consideração os últimos acontecimentos e o meu zero número de páginas escritas da monografia é bem possivel que eu não me forme.

Sexta é um desses dias que você vai pro estágio so pra bater ponto mesmo. Poxa, sexta é dia de farra universitária, tudo que você quer é arrumar o cabelo, colocar um vestido bonitinho e sair por ai com uma cerveja na mão. Não existe espaço pra ficar ouvindo os problemas juridicos das pessoas!

E assim foi, eu chego la na sexta so com a cara, pq a coragem tava em casa se preparando pra beber todas, me esparramo em uma cadeira qualquer e fico mirando o corredor, torcendo pra que não venha aquela funcionária uniformizada com uma pasta na mão anunciando o início de um final de semana recheado com o problema dos outros.

Se tem uma coisa que eu aprendi é que torcer não adianta absolutamente nada! A funcionária chegou e com ela uma pasta endereçada pra mim.

Lógicamente eu vou correndo atender o assistido. Além de ser chato deixar as pessoas esperando quanto mais eu enrolo mais distante da minha sonhada cerveja eu fico.

Você anda por todo o corredor, cruza várias portinhas e encontra uma multidão de pessoas sentadas, todas comportadas esperando pelos santos estagiários que deverão resolver os seus problemas, enquanto os estagiários rezam para que os problemas das pessoas não possam ser resolvido por eles. Foi ai que eu vi o Seu Luiz, rapaz baixinho, meio manco, com poucos dentes na boca e uma biblia na mão. Eu olho pra pasta e vejo a etiqueta "requerimento administrativo". Normalmente "requerimento administrativo" quer dizer "a moça da recepção não conseguiu identificar o seu motivo para estar aqui".

Sento na cabine com o Seu Luiz, que imediatamente abre a Biblia e começa a falar sobre o Senhor.
Depois de uns 10 minutos de atendimento eu entendo que aquele senhor procurou um escritório de prática juridica pra expulsar os vizinhos de casa. Sim, os vizinhos do Seu Luiz, de acordo com ele mesmo, não eram pessoas de Deus, não seguiam a palavra do Senhor, batiam o tapete onde ele tinha escrito o nome de Jesus e ainda reclamavam dos cachorros que ele criava!

Imaginem como é ouvir tal narração com uma riqueza de detalhes indescritível e não poder rir! São coisas que você até sabe que existem mas pensa que jamais vai ver de perto.

A fé, literalmente, aliena as pessoas!

Imagine você sair da sua casa e procurar um advogado pra tentar expulsar um cidadão que pagou pela sua residência simplesmente pq ele não é devoto do Senhor!

Depois de explicar pro Seu Luiz que, juridicamente, ele não poderia fazer nada contra o vizinho a gente começou a conversar amenidades enquanto eu resolvia a parte burocrática necessária pra pedir arquivamento da pasta.
Durantes os 20 minutos seguintes ele me contou que era divorciado e tinha duas filhas, uma de 16 e outra de 17 anos e que a mais velha estava noiva:

- Noiva, Seu Luiz! Mas ela é muito nova!
- É... mas se Deus quis assim...
- E ela mora com a mãe dela?
- Nããão... ela ta morando lá perto do noivo.
- Ela ta morando na casa dele? *COMO ASSIM? DEUS PERMITE?*
- É... não...hm... é... não sei, né... pode até ser... do jeito que Deus quiser...
- Hm... Mas o senhor não sente ciumes nem acha ruim não?
- Eu não fia, quando ela chegou lá com ele eu abri a palavra do Senhor pra eles e deu tudo certo.
- Literalmente, né... a palavra do senhor que sair na hora...
- É que esses jovens gostam das coisas suaves.
(...)

Figura meu assistido Luiz! Salvou minha sexta tediosa no estágio, me deu uma história pra contar e ainda solidificou meus ideais ateus!

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Assim falava F. Nietzsche


Nenhum ser humano deveria morrer antes de ler Nietzsche. Pelo menos é o que eu acho. Acho que o bigodudo tinha uma inteligência ímpar que deve ser admirada por todos mesmo.

Minha decisão de começar com o blogger foi pra escrever bobagens cotidianas e como últimamente meu cotidiano está recheado de recalque e amargura decidi escrever sobre uma coisa que eu venho pensando faz tempo.

"Ecce Homo" foi o primeiro livro de Nietzsche que eu li e nele ele escreve:
"A mulher é indizivelmente mais má do que o homem, e também mais esperta; a bondade na mulher já é uma espécie de degeneração..."

Tendo isso como verdade e partindo daí como principio fica muito claro o pq dos homens gostarem tanto de mulheres más! Sim, lógico... as boas são degeneradas!
Você olha pra uma dessas mulheres que tratam homens como verdadeiros vibradores economicos (pq não usam pilhas) e pensa: "depravada!" mas na verdade a depravada, corrompida e degenerada é você, boazinha maldita que estava ali, olhando pro cara e vendo uma pessoa, querendo o melhor pra ele e mimimi.

É como eu sempre digo... tudo depende do ponto de vista, não?