quarta-feira, 20 de maio de 2009

Eu também, Becky Bloom!


No universo feminino existem vários clichês, talvez os mais conhecidos sejam aqueles que giram em torno dos trágicos fins de namoro. Sim, um belo dia você descobre que seu príncipe encantado na verdade é um ogro curubendo e que o cavalo branco é um jegue disfarçado e começa com uma crise de choro infinita.

Em horas de crise o clichê manda que você ligue convocando uma amiga, compre litros de sorvete e se afunde no mundo das comédias românticas, que certamente irão amaciar suas lágrimas e te devolver aquela esperança infantil de encontrar o príncipe no cavalo branco. Isso nunca funcionou comigo! Convocar as minhas amigas? Só se for pra balada! Sorvete? Hora de cortar! E filme? Eu indico aqueles bemmm violentos! Violência gratuita e bem mentirosa! De preferência com um ator bem bonito e gostosão, que muito provavelmente não vai te lembrar o ex em nada! Eu adoro o Jason Statham, indico demais!

Então... por esses dias eu resolvi quebrar meu jejum de comédias românticas e fui assistir “Os Delírios de Consumo de Becky Bloom” e adorei! Mas vejam lá... eu dizer que adorei é bem diferente de dizer que o filme é bom!

Rebecca Bloomwood (Isla Fisher) é uma garota que cresceu aprisionada na economia da mãe, e obviamente isso resultou em trauma. Com 25 anos a menina que adquiriu autonomia pra ter 13 cartões de crédito está completamente descontrolada e absurdamente falida, assim como a revista em que ela trabalhava como jornalista. O jeito foi procurar outro emprego e por ironia do destino ela acaba trabalhando em uma revista de economia, dando conselhos pras pessoas. Obviamente o chefe dela (Hugh Dancy) é um gato e o resto da história é incrivelmente previsível, nem vou me dar o trabalho de contar.

O bom do filme é que você se apega a personagem da Becky, principalmente se você for mulher! Porque até eu, que adoro me gabar por não ser uma dessas mulherzinhas cheias de clichês “mulherzisticos” adoraria ter um cartão ilimitado na minha mão! So que diferente da personagem que não consegue se controlar eu não tenho cartões... pq não consigo me controlar! E o grande desafio dela é esse: controlar o cartão!

Outra coisa bacana no filme é o texto, que em vários momentos descreve o que a personagem sente ao comprar e faz com que você compartilhe da alegria dela! Até pq em algum momento da sua vida você já sentiu algo igual ou parecido.

Enfim... é uma boa sessão da tarde! Dessas que você para cinco minutinhos em frente a tv e quando se da conta ficou até o final do filme.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Eita Velhinho Safado!


Eu sempre gostei de dizer, ao contrario da maioria, que eu tenho uma estranha mania de ler.

Sim... dizer que foi uma mania foi escolha minha. Alguns anos atrás eu escrevi um texto falando sobre como os brasileiros eram pobres no quesito leitura. Simplesmente não é uma coisa muito estimulada entre o nosso povo.

Povo sem hábito de leitura.


hábito
há.bi.to
sm (lat habitu) 1 Inclinação por alguma ação, ou disposição de agir constantemente de certo modo, adquirida pela freqüente repetição de um ato: O hábito de fumar. 2 Comportamento particular, costume: Ele tem o hábito de falar alto. 3 Med Aparência exterior; constituição, compleição. 4 Bot Aspecto geral ou modo de ocorrência do crescimento de uma planta. 5 Psicol Forma de reação adquirida, relativamente invariável; um dos resultados terminais da aprendizagem. 6 Sociol Modo padronizado de pensar, sentir ou agir, adquirido e tornado em grande parte inconsciente e automático. 7 Traje ou vestido, especialmente o distintivo dos eclesiásticos e congregações religiosas. 8 Insígnia de cavaleiro oficial de qualquer ordem militar. sm pl Costumes ou caracteres de um indivíduo. H. menores: roupas de baixo. Lançar o hábito às urtigas: abandonar o estado de sacerdote.

Sendo assim eu posso bem dizer que nos, brasileiros, não estamos acostumados a ler! E eu, como não poderia deixar de ser, estou inserida nesse contexto absurdo. Me sobrou a denominação “mania”.

mania1
ma.ni.a1
sf (gr manía) 1 Med Desordem mental caracterizada por grande atividade psicomotora, excitação, exaltação e instabilidade da atenção. 2 Modo excêntrico de pensar. 3 Extravagância. 4 Esquisitice, excentricidade. 5 Mau costume. 6 Desejo imoderado e caracterizado por teimosia. 7 O alvo desse desejo.

Eu e a minha mania de ler tudo que encontro pela frente. Na minha opinião uma ótima mania!

Mas como eu cheguei nesse ponto? Foi um longo caminho, prazeroso, mas longo, devo admitir.

Ironicamente o cara (leia autor) que me “ensinou” a ler é uma das pessoas que eu mais detesto hoje em dia. Mas algum crédito o senhor Paulo Coelho deve receber.

Isso mesmo, vocês leram certo! Com uns 12 anos e um tédio mortal no meio das férias eu resolvi pegar um livrinho da minha mãe pra me distrair. Escolhi “Diário de um Mago”. Adorei! Com 12 anos, hormônios pipocando e adolescência problemática chegando fica difícil não gostar do mestre da auto-ajuda.

Foi um mundo novo que se abriu diante dos meus olhos! Sai lendo absolutamente tudo que encontrava dele aqui! Eu era uma verdadeira “maquina-de-ler-Paulo-Coelho”, acho até que por alguns momentos eu desejei ser filha dele (sim, eu me envergonho disso).

Problema é que quem vai com muita sede ao pote acaba comendo tudo muito rápido. Já tinha lido tudo... ou boa parte... e ai eu percebi que ler virou uma mania, minha paixão não era pelo PC e sim por ler... comecei a ler outras coisas, muitas coisas e essas coisas fazem a gente evoluir.

Conheci o britânico Sir Arthur Conan Doyle e me diverti com as história do Sherlock. Aprendi a gostar de Jorge Amado, que a escola me empurrava mas nunca me descia e por fim tive o enorme prazer de esbarrar com Oscar Wilde. Mas vejam só, lendo o que hoje é o meu livro preferido, eu encontrei vários dos pensamentos que eu já havia lido nos meus queridíssimos livros do Paulo Coelho! “COMO ASSIM?!” Oscar Wilde nasceu em 1854 e “O Retrato de Dorian Gray” foi escrito em 1891 e o maldito Paulo Coelho só começou a escrever em 1987!

Acho que as coisas mais importantes na vida a gente so aprende quando quebra a cara. É o que marca porque deixa cicatriz e você lembra daquilo sempre. Descobrir que de original Paulo Coelho não tinha nada destruiu o nosso “pseudo-relacionamento”.

Como desilusão é que nem bola de neve, quanto mais eu lia mais eu descobria que tinha um gosto parecido com aquele safado! Cada livro que eu devorava achava alguma coisinha do autor que me lembrava demais as obras daquele velho charlatão!

Hoje, depois de alguns muitos anos, eu continuo lendo Paulo Coelho. Virou minha “literatura de banheiro”, sempre fica ali do ladinho do sanitário e me serve de distração enquanto eu dou aquela cagada (merda combina com merda). Além disso eu sempre achei que merece muito mais respeito aquele que fala bem ou mal de algo com embasamento. Como eu vou ter alguma fundamentação se não conheço a obra do cara?

Agora o que não me desce é o valor que dão pra esse homem!

Serio, minha gente! Ele é mensageiro da paz da ONU! Ele ganhou premio de melhor escritor internacional na Espanha! Isso entre vários outros títulos e prêmios! Mas será possível que só eu consigo ver a mediocridade desse individuo?!

Enfim... só me resta acreditar que no meio das loucuras que o Paulo Coelho fez com o Raulzito ele encontrou, de fato, alguma “entidade” que resolveu dar a ele o respeito que ele não merece! Mesmo assim, obrigada Paulo Coelho, por ter aberto as portas pra essa minha estranha mania de ler.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Wishlist!

Recebi um desses selos que me mandava fazer uma lista com 8 coisas que eu queria fazer antes de morrer.
Enfim... vocês devem conhecer as regras: faça um post com essas 8 coisas e indique 8 blogs pra fazer o mesmo! Eu não sou adepta de correntes... passou por mim eu quebro mesmo. Mas a idéia de fazer uma Wishlist nem é tão ruim.

1. Tocar gaita em uma banda de blues

2. Tocar gaita com o Jefferson

3. Aprender a tocar piano, mas so por hobbie.

4. Viajar só de mochila nas costas e sair perdida, conhecendo mil lugares e infinitas pessoas bizarras!

5. Ganhar dinheiro escrevendo criticas de livros.

6. Me apaixonar sem sofrimento.

7. Ter uma biblioteca gigantesca!

8. Ter uns 2 filhos

9. Morar em uma casa com gramado, gatos e dalmatas.

10. Ter um maridinho legal que beba a última cerveja comigo na varanda antes de dormir.

11. Mais tatuagem

12. Saltar de para-quedas (classico!)

13. Ser atriz de seriado americano (hahaha quero nada, né!)

14. Tabalhar com teatro.

15. Voltar pro ballet

16. Ser entrevistada pelo Jô

17. Ter um aquario de sapos

18. Dublar desenho animado!

19. Morrer sozinha e me sentir feliz assim mesmo.


E vocês?